PESO / IMC

Atualmente há evidências de que a obesidade é um dos mais graves problemas de saúde pública e que, indiferentemente do nível de desenvolvimento dos países, ocasiona uma condição de epidemia global.

Os estudos científicos têm vindo a alertar sobre o aumento rápido de sobrepeso e obesidade em países em desenvolvimento, bem como em países industrializados.  Regimes alimentares pouco saudáveis e sedentarismo são os principais contribuintes para o sobrepeso e a obesidade, que estão entre os principais fatores de risco para as principais doenças não transmissíveis.
O aumento da gordura corporal total ou visceral pode originar danos na saúde, principalmente nas mulheres, com destaque àquelas que são portadoras de algumas doenças crónicas não-hereditárias, entre elas o cancro da mama.
Com a finalidade de se compreender os efeitos nocivos da obesidade na saúde de um indivíduo, é conveniente conhecer a sua distribuição e classificação.
A distribuição de gordura tem origem em vários fatores como a idade, o género, o tipo morfológico e a idade de desenvolvimento da obesidade. A maior parte dos trabalhos desenvolvidos nesta área baseiam-se na comparação da quantidade de gordura subcutânea localizada no tronco e nas extremidades ou na comparação do quociente perímetro da cintura/perímetro da anca. Quando este quociente é elevado significa que há maior quantidade de gordura na região central (distribuição andróide) e quando é baixo, a concentração de gordura é maior na região dos glúteos, bacia e coxas  (distribuição ginóide).É importante identificar a distribuição de gordura, visto que a obesidade andróide está associada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e metabólicas 




 Tem-se verificado ao longo do tempo que a gordura visceral representa um fator de risco mais proeminente que a gordura corporal total, em se tratando de intercorrências metabólicas.
O peso, por si só, não constitui um dado relevante para conhecer o estado de saúde de uma pessoa. Duas pessoas podem pesar 90 Kg cada uma e, no entanto, uma pode apresentar uma excelente forma física e a outra, sofrer de obesidade. Um peso de oitenta quilos é normal para quem mede 1,90 m, mas constitui um risco para alguém que mede 1,60 m.
A avaliação da composição corporal é fundamental na determinação da condição física, em qualquer programa de emagrecimento ou na prevenção e tratamento de várias doenças crónicas como diabetes, hipertensão arterial, dislipidémias e cardiopatias, entre outras. isto é importante pela sua relação com o estado de saúde, dado ser indiscutível quer o excesso de gordura corporal, quer o défice de massa magra apresentarem relação direta com uma série de fatores de risco para o aparecimento ou o agravamento de condições desfavoráveis para a saúde.
A dimensão da massa ou volume corporal total, é constituída por todas as células, tecidos, órgãos e sistemas do organismo. Habitualmente chamada de peso, a massa corporal é a soma de todos os componentes corporais e reflete o equilíbrio proteico-energético do indivíduo.
A análise detalhada da composição corporal  permite a quantificação de grande variedade de componentes corporais e torna-se de extrema importância porque permite determinar a quantidade total e regional de gordura corporal.

Ter uma pequena acumulação de gordura no corpo é importante para que hajam reservas de energia para quando a pessoa ficar doente ter tempo para se recuperar. No entanto, o excesso de gordura que se acumula no fígado, na cintura e também dentro das artérias dificulta a passagem do sangue, o que favorece o aumento do risco de doenças cardíacas.

A composição corporal é constituída pela divisão do corpo em vários compartimentos. Cientificamente, há algumas classificações que o dividem em dois, três, quatro ou maus compartimentos, no caso de mais de quatro denomina-se multicompartimental.

O primeiro conceito a ser usado foi o modelo de dois compartimentos distintos que, parte do princípio que o corpo é constituído por dois compartimentos distintos: massa gorda que é a porção constituída pela gordura armazenada (encontrada no tecido subcutâneo) e gordura essencial (encontrada nas vísceras, responsável pelo funcionamento fisiológico normal), e, massa magra que é a porção do corpo isenta de gordura (é constituída pelos ossos, músculos, articulações e órgãos internos do corpo que contêm espaços que podem servir para digestão, respiração, armazenamento de excreções ou secreções, como por exemplo estômago, intestinos e bexiga.

 Este conceito básico de dois compartimentos é, ainda hoje, utilizado em grande escala, na medida em que, os componentes corporais que sofrem maior influência de atividade física e de dieta são a massa muscular e a gordura. É com a massa gorda que deve haver cuidado pois um indivíduo obeso geralmente apresenta gordura em mais de 30% da composição corporal, sendo o ideal inferior a 25%.

Ter o peso ideal é: mais do que uma questão de estética, uma questão de saúde. Manter o peso ideal é importante para evitar complicações como obesidade e diabetes ou até mesmo a desnutrição, quando o indivíduo está muito abaixo do peso. 
Poucos indivíduos sabem exatamente qual é o peso ideal para determinada altura. Foi a OMS (Organização Mundial de Saúde) que definiu a forma de obter o peso ideal, que é conseguido através de um cálculo que tem em conta a relação peso/altura, bem como o sexo e a constituição física de cada pessoa. Desta forma, definimos o nosso Índice de Massa Corporal (IMC), devendo os resultados serem lidos com base nos valores indicados numa tabela.
Cada indivíduo tem um tipo de corpo diferente. Nem todos os indivíduos são iguais. Nem todos têm a mesma altura, compleição, nem pesam o mesmo – contam fatores como genética, e, estrutura. É importante saber que o IMC serve apenas como um instrumento métrico que procura, de uma forma geral e bem ampla, interpretar a forma corpórea das pessoas, utilizado como indicador prático para detetar casos de obesidade ou magreza excessiva, devido à sua fácil aplicação e, tem demonstrado elevadas correlações com o risco de mortalidade.
 Com a análise deste e de outros parâmetros em conjunto, como outras métricas corpóreas (a circunferência abdominal, por exemplo) a avaliação médica e os exames laboratoriais, facilita-se a tomada de uma decisão importante – e difícil – no sentido de perder ou de ganhar peso.
Por isso o peso mais saudável de alguém não é o peso mais saudável para outra pessoa.
 Controlar o peso ideal é uma recomendação de proteção à saúde. E o Índice de Massa Corporal
(IMC) é uma medida bastante difundida, com as faixas de baixo peso, peso normal, sobrepeso e obesidade. Nem todos sabem que existe uma forma diferente de classificar o resultado para pessoas com mais de 60 anos de idade.


É importante estar dentro do peso ideal porque o peso certo está intimamente ligado ao estado de saúde da pessoa.
Ter uma pequena acumulação de gordura no corpo é importante para que hajam reservas de energia para quando a pessoa ficar doente ter tempo para se recuperar. No entanto, o excesso de gordura que se acumula no fígado, na cintura e também dentro das artérias dificulta a passagem do sangue, o que favorece o aumento do risco de doenças cardíacas.
Por isso, estar dentro do peso ideal é importante para aumentar a saúde, prevenindo doenças cardiovasculares e aumentar a qualidade de vida. Assim, quem está abaixo do peso deve aumentar o volume muscular para aumentar de peso de forma saudável e quem está acima do peso, deve queimar gordura para ganhar saúde.
Os cálculos de IMC têm algumas limitações. Não é por um indivíduo com o peso normal pela tabela é necessariamente saudável. Assim como nem todo o indivíduo com sobrepeso apresenta problemas de saúde. O Índice de Massa Corporal (IMC), é utilizado como um indicador para avaliar diversos fatores relacionados com aptidão física, desde o risco para doenças crónicas degenerativas como aterosclerose, HTA, e, diabetes entre outras. Este índice é calculado por uma simples operação matemática em que se divide o peso em Kg pela altura ao quadrado (em metros).

 


Um valor isolado de IMC é insuficiente para se saber se o peso verificado corresponde a um  peso adequado à altura. O valor calculado deverá ser comparado com as tabelas de referência da Organização Mundial de Saúde (OMS), que dividem os diferentes valores de IMC por escalão, associando-os a uma classificação (Baixo Peso, Peso Normal, Excesso de Peso e Obesidade). Só assim conseguirá identificar se está com um peso adequado à altura.


É importante saber que estes valores de referência são para adultos (homens ou mulheres), com idade superior a 20 anos e inferior a 65 anos. Para diagnosticar o excesso de peso nas crianças, existem tabelas específicas da Direção-Geral de Saúde (a partir dos valores da OMS), com a classificação do percentil de IMC, em função do género e da idade.
Em relação à massa gorda referente à população portuguesa refere-se que: 42% da população portuguesa adulta (47% sexo masculino e 38% sexo feminino) tem excesso de peso ou obesidade, e, 20% da população portuguesa adulta (idêntico em ambos os sexos) tem obesidade (isto é, existem 1.5 milhões de pessoas com obesidade em Portugal)
É importante saber que:
- O IMC é um bom recurso para identificar problemas de peso.
- O IMC é padronizado pela OMS (Organização Mundial de Saúde)
- A OMS define faixas de IMC para definir quem está com peso ideal, abaixo de peso ou com sobrepeso.
- Alguns governos usam o IMC para definir problemas de saúde pública
A proporção entre massa magra e massa gorda não é considerada para o cálculo de IMC. O IMC sobrevaloriza a gordura em indivíduos musculados e subvaloriza, por vezes, aqueles que têm ligeiras pregas cutâneas mas cujos valores do IMC estão dentro dos valores considerados normais do IMC.)

Índice de Massa Corporal é apenas um método preliminar de verificação das condições de peso de uma pessoa, devendo – a critério médico – ser completado com outros exames.
Embora o IMC não seja suficientemente preciso para ser usado como uma ferramenta de diagnóstico, é no entanto, usado como uma ferramenta de triagem para identificar potenciais problemas de peso em adultos.
Uma pessoa pode ter um IMC elevado, ainda assim, para determinar se esse excesso de peso é um risco para a saúde, um profissional de saúde necessita de completar com avaliações adicionais, tais como:
– Medidas de espessura cutânea
– Avaliações de dieta
– Atividade física
– Histórico de família
– Outros exames de saúde adequados
A proporção entre massa magra e massa gorda não é considerada para o cálculo de IMC. O IMC sobrevaloriza a gordura em indivíduos musculados e subvaloriza, por vezes, aqueles que têm ligeiras pregas cutâneas mas cujos valores do IMC estão dentro dos valores considerados normais do IMC.
Apesar do IMC ser muito utilizado para verificar se o indivíduo está acima ou abaixo do peso ideal, este método tem algumas limitações e, por isso, recomenda-se que além dele, se utilize outros meios de diagnóstico para verificar se o indivíduo está ou não com peso dentro dos valores considerados ideais para a altura. Não deve ser utilizado nas seguintes situações:   
·        Em atletas e pessoas muito musculosas  possuem menos gordura corporal e mais músculos. O músculo pesa mais do que a gordura, portanto estes indivíduos podem ter um IMC elevado sem, no entanto, estarem acima do peso. Não é levado em consideração o peso da massa muscular. Neste caso a medida da circunferência do pescoço  é a melhor opção. 
·        EM idosos: porque não leva em consideração a redução natural dos músculos nessas idades;
·        Durante a gravidez: porque não é considerado o crescimento do bebê.
·    Em amputados e deficientes físicos devido à falta de uma parte do corpo, como braços e pernas, ou modificações corporais derivadas de deficiências físicas, o peso e altura da pessoa amputada ou deficiente pode não ser representativo da sua saúde ou do seu peso ideal, portanto o IMC não pode ser aplicado a estas pessoas.

Além disso o IMC  está contra indicado em caso de desnutrição, ascite (aumento do volume abdominal devido à existência de líquido no abdómen - é o que vulgarmente se chama "barriga de água") , edemas e em doentes acamados. O índice não leva, igualmente, em consideração os aspetos étnicos e raciais dos indivíduos: um grupo de assessoramento ligado à OMS concluiu que indivíduos de origem asiática com um IMC acima de 23 já são considerados acima do peso.

Um(a) nutricionista poderá pessoalmente fazer todos os cálculos necessários para avaliar o peso e o quanto é necessário engordar ou emagrecer, levando em consideração o estado de saúde geral

 Em relação aos atletas a massa muscular calculada pode classifica-los como tendo sobrepeso, embora tenham, no entanto, um peso dento do normal. Por este motivo, sempre que se faz a avaliação do IMC deve-se ter em conta massa muscular.
É relevante salientar que o peso corporal em excesso é tão importante quanto o seu oposto, pois o excesso quase sempre dá-se à custa de uma grande acumulação de gordura, e a excessiva diminuição do peso corporal poderá estar relacionada com quantidade muito reduzida de massa muscular e níveis de gordura abaixo do limiar da saúde, podendo originar no organismo  uma série de complicações, relativamente à produção e à transformação de energia para a manutenção das condições vitais e para a realização das tarefas do quotidiano, infertilidade, deficiência do sistema imunitário, etc.

Revendo a importância do índice de massa corporal, poderemos concluir que o
Índice de Massa Corporal é apenas um método preliminar de verificação das condições de peso de uma pessoa, isto é, tem como principal objetivo a avaliação da composição corporal com a finalidade de determinar as quantidades de massa magra e massa gorda do organismo. devendo – a critério médico – ser completado com outros exames, pois o objetivo principal é estabelecer medidas profiláticas em indivíduos com proporções e distribuição dos componentes corporais anormais e de risco (como no caso do aumento da gordura visceral, alterações na hidratação, na massa muscular, nas proteínas e nos minerais ósseos)

 O IMC, foi criado pelo estatístico, sociólogo e naturalista belga L.A.J. Quételet, é calculado dividindo o peso (em quilogramas) pela altura ao quadrado (em centímetros). Deve-se consultar uma tabela para saber se o IMC revela um peso saudável ou algum problema (peso baixo/insuficiente ou peso excessivo/obesidade) que deve ser corrigido.

Tal como anteriormente se referiu o IMC, embora seja um bom indicador de risco e frequentemente usado pela facilidade de cálculo, ser rápido, económico e poder ser utilizado por qualquer pessoa sem conhecimentos nutricionais. Salienta-se também que não tem em conta  o género, a constituição  ou a idade específica do indivíduo avaliado assim como a massa gorda. Por este motivo, apresenta algumas limitações.Neste sentido, o mesmo IMC para um homem e para uma mulher pode “esconder” diferenças ao nível da gordura corporal (já que as mulheres têm tendencialmente maior gordura corporal do que os homens, para um mesmo IMC).

Perante os cálculos de IMC terem algumas limitações. Para saber qual o peso ideal, é melhor que se conheça a proporção de gordura corporal, refletindo melhor a realidade e fazendo com que um indivíduo se mantenha saudável e livre de doenças.



A percentagem de gordura corporal, na maioria das vezes é calculada pela espessura de pregas /dobras cutâneas. Também tem sido muito utilizado para a classificação de indivíduos quanto ao peso corporal adequado à altura, já que o aumento da gordura relativa está relacionado ao aumento dos problemas de saúde.
A medição de pregas é realizada com um adipómetro, uma espécie de chave inglesa, que agarra a gordura de determinados locais do corpo, excluindo sempre o músculo. Quem faz isto é sempre um profissional desta área. Os locais são pré-determinados e variam em função do protocolo utilizado. Através de equações que utilizam o somatório dessas pregas, e outras variáveis, estima-se a percentagem de gordura de todo o organismo.

A fim de suprir estas limitações existem na atualidade, diversas formas de avaliar a massa gorda corporal e a sua distribuição, como a medida das pregas cutâneas, bioimpedância, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Todas estas técnicas apresentam vantagens (são precisas na informação) e limitações (são morosas e dispendiosas) para uso na prática clínica .

Valores de IMC acima de 29,9 kg/m2 e ou de percentual de gordura acima de 19,9% para homens e de 24,9% para mulheres estão associados ao aparecimento de doença arterial coronária, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, hiperlipemia e diabetes. Além destas doenças de ordem física, a composição corporal e a distribuição da gordura corporal estão associadas às doenças de ordem psicológicas: anorexia, bulimia, transtorno do comer compulsivo e dismorfia muscular.

Atualmente, os estudos científicos reconhecem que não é somente a quantidade de gordura corporal total que deve ser considerada, como também a sua localização. Diversos estudos demonstram a importância da distribuição da gordura na etiologia das alterações metabólico devidas à obesidade. A concentração de gordura na região abdominal é um indicador que está fortemente associado à obesidade visceral, e esta, por sua vez, está relacionada com alto risco de morbilidade e mortalidade principalmente cardiovascular. A obesidade abdominal visceral está associada, ainda, a um distúrbio da homeostase glicose-insulina (constitui o síndrome metabólico que corresponde resistência à insulina, originando diabetes tipo 2), hipertensão, dislipidemia, fibrinólise e aceleração da progressão
da aterosclerose. Por essa razão, na prática clínica e em pesquisas epidemiológicas, a utilização de índices baseados na circunferência abdominal pode dar informações válidas e é de fácil utilização, pois depende basicamente de uma fita métrica e constitui um método simples de medição.  Há alguns anos priorizava-se a medida da relação cintura/bacia para indicar acumulação de gordura abdominal. Mais recentemente, evidências sugerem que a medida da circunferência abdominal (CA), quando feita isoladamente, já apresenta boa correlação com a distribuição de gordura abdominal e associação com doenças.
Diversos estudos demonstraram que pessoas obesas (IMC> 30), com grandes circunferências de cintura, apresentam mortalidade mais elevada do que as de IMC dentro da normalidade (entre 18,5 e 24,9). No outro extremo, quando o IMC está abaixo de 18,5 a mortalidade volta a aumentar. Estes resultados foram coincidentes com um estudo, efetuado na clínica Mayo, em Minnesota EUA, com cerca de 600 mil pessoas de todo o mundo. Nesse estudo os indivíduos  que tinham  109 cm de cintura tinham uma taxa de mortalidade 50% superior em relação aos que tinham cinturas inferiores a 89 cm, originando uma diminuição da expectativa de vida de aproximadamente três anos após a idade de 40 anos. Mulheres com uma cintura de 94 cm ou mais tinham um risco 80% maior de morte prematura do que aquelas com uma circunferência da cintura de 68 cm ou menos. Depois de 40 anos de idade, e consequentemente reduziu em cerca de cinco anos as suas expectativas de vida.
investigadores concluíram que homens com perímetro abdominal
Com este estudo concluiu-se que a morbilidade aumenta de forma linear para cada 2 cm a mais na circunferência, as chances de mortalidade aumentou cerca de 7% nos homens e 9% nas mulheres. Os resultados foram observados em todos os níveis de IMC, mesmo entre pessoas que possuíam níveis normais. Sempre que há aumento de peso, os médicos devem considerar tanto o IMC como a circunferência da cintura na avaliação de risco para a mortalidade prematura relacionada à obesidade
A acumulação de gordura na região abdominal (gordura visceral) não envolve apenas questões estéticas, tem relação direta com a deposição de tecido adiposo no interior da cavidade abdominal, característica associada ao aumento da mortalidade em geral. Já a gordura presente na região glútea ou nas coxas tem efeito metabólico menos pernicioso.

A recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que a cintura não ultrapasse 102cm nos homens e 88cm nas mulheres. A relação circunferência abdominal - circunferência da bacia/ anca não pode ser maior que 1,0 nos homens e 0,85 nas mulheres. A OMS indica que indivíduos de peso considerado normal, o tecido adiposo deve corresponder de 20% a 25% do peso corporal para o homem e de 15% a 20 % na mulher. 
Em estudo, relativamente recente, efetuado pela Universidade de Queensland, na Austrália, constatou que o tabagismo foi o principal vilão e apresentou maior impacto sobre o risco de doenças cardíacas em mulheres na faixa dos 30 anos.
Constatou-se, nesse estudo, que o abandono de fumar tabaco e a ausência de atividade física tiveram influência no aparecimento de problemas cardíacos.

Os cientistas ressaltaram que se deve estimular e promover a prática da atividade física, principalmente para as mulheres de meia-idade, mais suscetíveis a este tipo de patologia, sendo importante que se mantenham ativas para que possam chegar a idade mais avançada com mais saúde, e, com estímulo para continuar a praticar exercícios físicos. 

Há evidências de que a atividade física moderada combinada com um regime alimentar menos calórico provoca mudanças metabólicas capazes de evitar a instalação de doenças como diabetes, hipertensão arterial, ataques cardíacos e derrames cerebrais, mesmo quando a perda de peso corpóreo é inferior a 3%.

gordura visceral é considerada mais perigosa que a subcutânea, e, corresponde à gordura que se acumula na região do abdómen que rodeia o fígado e os outros órgãos. É metabolicamente ativa, está relacionada a diversas disfunções metabólicas que são agressivas para o organismo, nomeadamente para o aparelho circulatório e para o pâncreas, aumentando igualmente o risco aterogénico .

O perímetro abdominal é um indicador de saúde que, não sendo perfeito, é no entanto um indicador do aparecimento precoce de algumas situações de doença, como a hipertensão, a diabetes, a obesidade e a hipercolesterolemia, que estão associadas ao aumento do perímetro abdominal.


A avaliação do perímetro da cintura é efetuada sobre a pele abdominal, devendo o indivíduo a ser avaliado, não ter qualquer peça de roupa que cubra a zona a avaliar e verificar-se que não é exercida nenhuma força sobre a zona a analisar (exemplo: cinto ou equivalente), procedendo o profissional de saúde da seguinte forma: a) realizar a avaliação em local/gabinete com privacidade; b) colocar a pessoa com o tronco na vertical, imóvel, abdómen relaxado, braços pendentes ao longo do corpo, com as palmas das mãos voltadas para dentro, cabeça ereta, pés unidos e o peso do corpo igualmente distribuído pelos dois pés. A medida abdominal deve ser feita a partir da parte mais estreita da cintura ou do ponto situado na metade da distância, que separa as últimas costelas da parte superior do osso ilíaco. A medida da circunferência do quadril/ bacia pode ser feita na altura do maior diâmetro horizontal



A recomendação de OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que a cintura não ultrapasse 102cm nos homens e 88cm nas mulheres. A relação circunferência abdominal - circunferência do quadril/bacia não pode ser maior que 1,0 nos homens e 0,85 nas mulheres. A OMS indica que indivíduos de peso considerado normal, o tecido adiposo deve corresponder de 20% a 25% do peso corporal para o homem e de 15% a 20 % na mulher. 
Convém relembrar que a existência de gordura corporal é de extrema importância para que o organismo possa desempenhar as suas funções vitais sendo praticamente impossível eliminar a totalidade da massa gorda sem pôr em risco a vida
a massa gorda ocupa cerca de 3 vezes mais espaço do que a massa muscular e consome cerca de 10% da energia: 1Kg de gordura consome cerca de 10 cal por dia enquanto 1Kg de músculo consome cerca de 110 cal.

É importante um indivíduo ter conhecimento sobre se terá o peso ideal,por isso, deve saber a proporção de gordura corporal. A gordura acumulada na cintura está associada a doenças crónicas, por isso deve ser acompanhada e controlada com atenção. Ao tomar conhecimento do percentual de gordura poderá refletir sobre a realidade, física de momento. Fazendo com que se mantenha saudável e livre de doenças.  
  A percentagem de gordura corporal recomendada varia de acordo com cada pessoa (se do sexo masculino ou feminino). 
A percentagem de gordura corporal é a quantidade de gordura que um indivíduo tem no seu corpo em relação à sua massa magra. A previsão do percentual de gordura corporal em adultos através do uso de uma fórmula padrão, que leva em conta o sexo, exige que primeiro seja calculado o índice de massa corporal (IMC). Assim, entendendo qual o índice de massa, é possível determinar qual a proporção de gordura contida nesse IMC.
índice de massa gorda, ou IMG, corresponde a um cálculo matemático para determinar a taxa de gordura contida no organismo. Avaliado em percentual, esse índice é baseado sobre a diferença entre a massa gorda e a massa muscular do corpo. Existem diversos métodos para calcular o índice de massa gorda. A fórmula de Deurenberg é a mais utilizada para calcular esse índice nos adultos em função de diversos parâmetros: o índice de massa corporal (IMC), a idade em anos e o sexo (0 para mulher e 1 para o homem).
A fórmula é IMG = (1,2 X IMC) + (0,23 X idade) - (10,8 X sexo) - 5,4.
Exemplos:
Homem 25 anos de idade, com IMC 25
IMG= (1,2X25) + (0,23X25)- (10,8X1)-5,4=
=30+5,75-10,8-5,4=
=19,55%

Mulher de 27 anos de idade, com um IMC de 22 a encontraria percentual de gordura corporal da seguinte forma:
IMG=(1,20 x 22) + (0,23 x 27) – (10,8 x 0) – 5,4 =
=26,4+6,21-0-5,4
=27,21%




Atualmente constata-se que o avanço tecnológico tem influenciado um estilo de vida mais sedentário com predomínio de atividades como: assistir televisão, jogar videojogos e permanecer durante horas em frente ao computador. Todos estes fatores, associados a uma alimentação inadequada, contribuem para o crescimento dos índices de sobrepeso e obesidade
É imprescindível que as pessoas tenham a noção de que o peso ideal abrange fatores ligados: ao bem -estar físico, mental e social
Nas sociedades atuais a obesidade constitui um grave problema de saúde, estando relacionada com o aumento da morbilidade e morbilidade devido ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares (como hipertensão, doença arterial coronária e doenças cerebrovasculares), metabólicas (como diabetes) e neoplasias (cancro) entre outras, em grande parte devido ao sedentarismo e má alimentação
A fim de obter um boa qualidade de vida e de bem-estar, cada indivíduo deve evitar ter sobrepeso/obesidade, e, tal só é possível se forem adotados hábitos saudáveis. É pois de suma importância que cada indivíduo tome conhecimento do seu peso e se este se encontra dentro dos valores considerados normais. Este conhecimento pode ser obtido pelo cálculo do IMC, o qual é um dos métodos mais simples, mais utilizados para avaliar a composição corporal. Pode ser calculado pelo próprio indivíduo. É considerado de fácil aplicação e baixo custo, gera indicadores para identificar grupos que necessitam de intervenção nutricional. Embora apresente limitações que foram descritas anteriormente, é reconhecido pela OMS.

Perante as limitações do IMC que apresenta uma baixa sensibilidade na identificação do excesso de gordura corporal foi publicado recentemente um novo índice - Índice de Adiposidade Corporal (IAC) com o propósito de substituir o Índice de Massa Corporal (IMC) com o objetivo de mensurar a adiposidade corporal de forma simples e objetiva,  IAC é um novo método que utiliza o valor calculado a partir da medida da circunferência da anca/ bacia e da altura para medir a gordura do corpo. Este método possui um cálculo um pouco complicado, contudo é mais recomendado que o IMC. Para calcular o IAC divide-se a medida da circunferência da anca em cm pela altura em m, multiplicada pela raiz quadrada da altura, diminuindo 18 do resultado final. O IAC dá a percentagem de gordura tanto em homens como mulheres.

FÓRMULA
ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL

     




Exemplos:

Homem com 1.70 m de altura, 90 cm de circunferência da bacia

IAC = [ 90/ (1,70 x v1,70) ] – 18 = [ 90/ 2,2165 ] – 18 = [40,6046] – 18 = 22, 60

Mulher com 1,58 m de altura,79 cm de circunferência da bacia.

IAC=[ 79/ (1,58 x v1,58) ] – 18 = [ 79/ 1.98 ] – 18 = [38,89] – 18 = 21, 89


O IAC revela a percentagem de gordura e não só a correlação ou índice da gordura como ocorre no IMC.


TABELA
ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL



Conclusão:
Apesar do IMC ser muito utilizado e fácil de calcular, apresenta limitações. No IMC tem de se rer em conta o peso, o sexo, a idade e a etnia. Em indivíduos muito musculado o IMC é inapropriado para calcular a massa magra.

O IAC é calculado sem o uso do peso. Com base em estudos efetuado pode ser utilizado para calcular a percentagem de gordura em ambos os sexos e etnias.


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